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sábado, 7 de setembro de 2013

Como fazer uma caipirinha sem deixar o gosto amargo



Em todo o tipo de pesquisa que se faça entre barmens do mundo inteiro, a brasileiríssima caipirinha figura sempre pelo menos entre os oito drinks mais conhecidos e consumidos do planeta. Coisa boa e merecida, não?

Tanto mais perfeito é um coquetel quanto menos componentes entram em sua combinação. Esse é um dos critérios de avaliação. Daí vem o sucesso da caipirinha, composta basicamente de cachaça, limão, açúcar e gelo.

Enfim, a receita todo mundo conhece, mas há alguns truquezinhos que podem deixá-la muito mais saborosa. Vamos a eles, então?

Caipirinha só amarga quando não é bem feita

Recomenda-se o uso da cachaça branca e neutra, de safra recente. Os extratos das madeiras dos tonéis costumam alterar bastante o paladar durante o processo de amaciamento ou envelhecimento da aguardente. Por isso, o pessoal diz que caipira boa se faz com cachaça verde. Mas essa é uma questão de gosto.

O limão deve ser aquele verde de casca fininha e lisa. As chamadas tampas da fruta devem ser retiradas – a superior, onde se prende o talo, e o biquinho inferior. Essa partes costumam amargar a bebida. O mesmo ocorre com o miolo ou bucha, aquela fibra clarinha bem no meio do eixo principal do fruto.

Os pedaços não podem ser espremidos com muita força. Nem se deve girar o espremedor para macerar a casca em demasia. Isso libera um aldeído chamado lemoneno que compõe a oleosidade da casca e libera um amargor danado. Lembre-se: o objetivo é apenas o sumo.

Na hora de chacoalhar não se deve ultrapassar 10 movimentos rápidos e firmes. Ficar balançado demais a coqueteleira também faz o limão amargar. Não é legal, mesmo!

Caipirinha bem feita é aquela em que o limão fica boiando na superfície. Se afundar é porque o limão não é fresco, foi cortado com muita antecedência, utilizou-se uma aguardente de má qualidade ou foi feita no sopapo, de qualquer maneira, sem capricho.

Outro macete é substituir o açúcar por adoçante. O resultado é excelente. O açúcar potencializa a ação do álcool sobre o organismo e deixa qualquer um chapado rapidinho.

O grande pulo do gato que ninguém conhece

E agora o toque de midas para eliminar o excesso de acidez na sua bela caipirinha: ela já está preparada e só falta chacoalhar para servir, certo?

Pois bem, você vai adicionar duas ou três gotinhas – e não mais do que isso, hein! – de angostura, que é um tipo de bitter feito à base de raiz da violeta genciana e outras ervas muito amargas. Aromático e muito concentrado, usa-se apenas em gotas, no preparo de coquetéis e, por isso, uma garrafinha deve estar sempre à disposição.

Se você tiver dificuldades em encontrar, a angostura pode ser substituída razoavelmente bem pelo Fernet ou pelo Underberg. Curiosamente, o amargo do bitter anula o amargor do limão e a caipirinha fica super balanceada. Esse é o chamado pulo do gato, que quase ninguém conhece, mas que faz toda a diferença do mundo.


Fonte: Matéria Incógnita

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